terça-feira, dezembro 09, 2008

[Memórias] Sem saber o que dizer...


Esse ano foi F#&a.



Em Fevereiro meu pai, o velho Genaro, faleceu devido a algumas complicações, o pulmão dele já estava meio fraco e não aguentou o tranco, foram 76 anos bem vividos. Nesta última segunda-feira dia 1 foi minha mãe, ela estava internada com câncer, também no pulmão, já estava um pouco debilitada mas ninguém esperava que ela fosse agora, foram 61 anos que também acredito, foram bem vividos.

Não estou aqui para desabafar e nem para justificar o meu sumiço aqui do blog, apesar dos contratempos eu tive muitas coisas boas esse ano, a "Valkíria" por exemplo foi uma delas, conheci muita gente boa depois da estréia dela da "Tempestade Cerebral 02" e continuo conhecendo até hoje.

Infelizmente a vida é feita desses "contratempos" as vezes eles sobrepõe as coisas boas que acontecem, as vezes a dor é tanta que fica difícil seguir adiante, mas acho que o que dá força são as coisas pequenas, um sorriso da esposa, um abraço do sobrinho, aquele grande amigo que liga e diz que vai ficar tudo bem, esses pequenos gestos que fazem agente pensar que essa merda toda ainda vale a pena.

Bom meus amigos, eu queria evitar essa pieguice toda, mas acho que não consegui, já que estou num clichê o que eu gostaria que vcs soubessem é que se vc tem uma pessoa do qual gosta muito seja esposa, amigo, filho ou parente e se tem vontade de dizer a ela o quando aprecia sua presença, diga hoje, agora mesmo, não vale a pena guardar mágoa de nada e nem de ninguém, a vida é muito curta, mesmo que ela dure 100 anos.

Abraço a todos.

2 comentários:

Daniel Pereira dos Santos disse...

Genaro. É com extremo pesar que tomo conhecimento destes capítulos pessoais tão dolorosos pelos quais passaste e sequer tinha o menor conhecimento. De fato tenho a sorte de ter meus pais ainda vivos - apesar da idade já não tão lisongeira que estão, mas ainda lúcidos e muito fortes. Sinceramente não creio que qualquer palavra possa expressar o pesar por tão dura perda, senão saber o quanto seus pais são seu exemplo e continuação de suas crenças. Se me permitir tamanha arrogância e intromissão (e não acredito que deverias permitir), o que você fez (e fazer é o que importa) neste ano com seus trabalhos, traz-me a certeza que - mesmo não conhecendo seus pais, possa se dizer: foi uma passagem bem vivida a deles, pois você fez o certo - produziu. Paz e força é o que desejo em momentos tão tortuosos, é o que eu desejo. Do seu colega, DS.

Leonardo T. disse...

Eu perdi meu pai a mais ou menos dois anos, e pude conhecê-lo realmente apenas dois anos antes de sua morte (câncer no intestino). A dor da separação sempre existe e sempre existirá, mas acredito que a morte é apenas o início de nossa jornada. Caro amigo Genaro, boas vibrações e força para você!