sexta-feira, novembro 23, 2007

[Quadrinhos] Lançamentos nacionais


Em primeiro lugar não se tratam exatamente de lançamentos, pois as duas revistas já estão rolando por aí a algum tempo, mas adquiri as mesmas só esta semana, então para mim a sensação é essa.

Estou falando dos gibis, Defensores da Pátria e Ecos Sombrios que infelizemente só podem ser compradas pelo correio (um problema só do Rio de Janeiro, pois em Belém e SP já existem em bancas) mas acredito que a qualidade e a persistência dos realizadores faça esta situação mudar em breve.

Defensores da Pátria parte da velha premissa sobre a formação de um grupo de heróis brasileiros, cada um deles pertence a um estado e tem poderes similares as regiões em que vivem, por exemplo, Calibre que é do Rio de Janeiro é especialista em armas e Chuvisco que é natural de São Paulo tem o poder de manipular a água. Os Desenhos são de Diógenes Neves que hoje faz trabalhos para os EUA e o texto é de Alexandre Miranda.

Eu soube que o lançamento levou mais ou menos uns 9 anos para acontecer e isso se nota na arte, altamente influenciada pelo "estilo image de ser" deixa a desejar em alguns momentos, mas acompanha bem o roteiro despretensioso do Alexandre, que preferiu dar um tom mais humorístico, lembrando o estilo da Liga da Justiça do Keith Gifen.

O Acabamento ficou simples (Capa couché colorida e miolo em papel jornal PB ) mas eficiente, e sem contar que barateia os custos.



Já Ecos Sombrios com roteiro de Diogo T.C. arte de Carlos Paul e Rafa Marc tem uma proposta mais séria, a arte está muito boa e o acabamento gráfico excelente (Capa colorida e miolo couché PB) que valorizam arte-final de Rafa Marc. Nela é apresentada a história de Davi, um cara aparentemente comum e trabalhador que tem um passado sombrio, tudo vai bem até que sonhos estranhos começam a perturbá-lo e uma tragédia promete mudar a sua vida radicalmente.

O único senão, para mim, é nos diálogos, que as vezes parecem meio "pomposos" tipo personagens urbanos dizendo "até quando tu irás..." ou "Queres um copo dágua" deixa um tom meio estranho e tira um pouco da identidade com os personagens, mas acredito que na próxima edição a coisa flua com mais naturalidade.

Finalizando, todos os envolvidos estão de parabéns, pois afinal fazer quadrinhos no Brasil é coisa para guerreiro mesmo, muito sucesso e espero fazer uma resenha quando as duas chegarem aos seus números 100.

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